08 abr Marquinhos fala sobre o tratamento contra o câncer
Hoje celebramos o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Um dia dedicado a desmistificar a doença e oferecer cada vez mais informações para a população em geral.
Nós da Swimex temos acompanhado de perto a luta de um de nossos professores contra essa doença. Em fevereiro, soubemos que o professor Marquinhos teria que enfrentar novamente a leucemia. Ele já havia tratado uma vez o câncer, em 2009, mas este ano a doença voltou e desta vez ele precisará de um transplante de medula óssea.
Após um mês de tratamento, fomos conversar com Marquinhos, para saber como está a busca de um doador compatível e como ele está encarando o tratamento contra a leucemia. Confira a entrevista completa com o professor:
Swimex: Olá, Marquinhos. Há alguns meses estamos acompanhando sua luta contra a leucemia. Como foi para você saber que a doença havia voltado? Como está encarando o novo tratamento?
Marquinhos: Essa é uma notícia que você jamais está preparado para receber. Acredito ter sido um momento complicado até para os médicos, pois eles pareceram muito surpresos com o resultado de que eu estava com o diagnóstico de recidiva de leucemia, com 58% da medula comprometida. Lembro que me senti “sem chão” nos minutos que me deram para “digerir” a notícia. Mas sempre fui uma pessoa otimista e determinada; procurei não ficar alimentando aquele sentimento ruim de medo e insegurança. Passados alguns minutos, já começamos a discutir o que seria feito daquele ponto em diante.
Em seguida, eu me sentei em uma cadeira fora do consultório e tive uma conversa franca comigo mesmo, sobre o que eu estaria disposto a fazer e como iria encarar esta batalha, que se iniciava mais uma vez. O caminho a ser trilhado é tortuoso e difícil, mas por eu já ter vivenciado isso uma vez, de certa forma, sei o que me espera.
E agora também são outros tempos, estou mais maduro e muito mais engajado e determinado em vencer essa “luta” de uma vez por todas. Hoje, tenho acesso ao protocolo médico e sei todos os medicamentos que estamos utilizando, além disso, estou buscando formas alternativas de tratamento, como a medicina oriental, e implementando uma alimentação anticâncer para potencializar os resultados. Graças a Deus até o momento tenho tido ótimos resultados utilizando essas ferramentas.
S: Quando você soube do retorno da doença, você mobilizou todos que conhecia para fazer uma campanha. De onde surgiu essa ideia e como essa campanha está ajudando outras pessoas?
M: Quando saí do consultório e me sentei em uma cadeira por alguns minutos, tive uma conversa franca comigo mesmo. Foi então que tive a ideia de me engajar de corpo e alma nesta luta: documentar cada passo e compartilhar através das redes sociais como é esta batalha. Mostrar não só para mim, mas também para todas as outras pessoas que é possível vencer, sim! O câncer não é um atestado de óbito, e as estatísticas são apenas números.
Tem sido uma grande provação, uma jornada de autoconhecimento, aprendizado, força e fé. Daí o motivo de eu colocar as palavras “Foco, Força e Fé” como lemas dessa campanha.
É sempre complicado quando o assunto em questão envolve a morte, a palavra por si já gera um desconforto na maioria das pessoas, mas, para minha surpresa, tenho colhido ótimos frutos dessa ideia. Muitos pacientes em tratamento identificaram-se com o projeto e muitas pessoas que não tinham conhecimento sobre a doença – não por ignorância, mas por medo do assunto – estão se engajando na campanha de doação de medula. Isso para mim não tem preço!
É muito mais do que eu podia imaginar e exatamente por isso não podemos parar. Quanto mais pessoas cadastradas no banco de doadores de medula, melhor. Não só para mim, mas para as tantas outras pessoas que estão à espera de um doador compatível.
S: Você está recebendo o carinho de muitos amigos da Swimex, e até mesmo de pessoas desconhecidas que souberam do seu caso e estão torcendo por você. Qual é a mensagem que gostaria de mandar para quem está enviando toda essa energia para você?
M: O apoio e o carinho que venho recebendo de toda a equipe da Swimex é algo sensacional. E quando digo toda a equipe da Swimex, é realmente toda! Fico sem palavras, e agradeço de coração por cada gesto e palavra de amor e carinho. Fico muito feliz e me sinto lisonjeado por ter feito tantos amigos nessa equipe de profissionais, alunos e até de pessoas desconhecidas que se tornaram grandes amigos. Todos se engajaram em minha campanha e isso é algo que para mim foi e tem sido fundamental.
Lembro-me de uma frase do meu médico, em 2009, quando fui diagnosticado pela primeira vez: “O tratamento quimioterápico corresponde a 50% do seu tratamento, os outros 50% correspondem a você e às pessoas que estão à sua volta acreditarem que é possível”. Sei que é pouco, mas quero deixar aqui meu sincero muito obrigado, de coração, por todo o suporte, amor e carinho. Graças a Deus e ao apoio incondicional que venho recebendo de todos, estou seguindo bem no tratamento e respondendo bem ao protocolo utilizado. Estamos juntos na luta, caminhando lado a lado a passos largos!
S: Qual é o recado que você deixa para quem ainda não fez o cadastro para se tornar um doador de medula óssea?
M: Acredito que desmistificar o assunto é sempre importante. O cadastro é um ato muito simples, mas muito nobre; uma atitude que pode salvar vidas. Para se cadastrar no banco de doadores de medula; é preciso apenas fazer uma simples coleta de sangue. Essa amostra é enviada para um banco de doadores mundial e se houver compatibilidade com alguma pessoa que necessite de transplante, o banco entrará em contato para convidar para exames mais específicos e posterior doação.
Uma vez aceito o convite para fazer o transplante, o ato em si é muito simples para o doador. É feito através de um procedimento cirúrgico com anestesia; o procedimento dura em média 2 horas, e são retirados no máximo 15% do volume da medula óssea do paciente. Após 24 horas de supervisão no hospital, o doador já está liberado. É pertinente esclarecer que a medula óssea que estamos falando é um tecido líquido que ocupa a cavidade dos ossos, não é a medula espinhal, tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral.
S: Para finalizar, Marquinhos, você gostaria de deixar algum recado para quem está acompanhando sua história?
M: Acredito que a informação é uma ferramenta muito importante quando falamos em transplante de medula óssea, algo que pode significar uma nova vida para uma pessoa. E você tem esse poder! Pensando nisso, peço àqueles que tenham dúvidas com relação ao cadastro ou ao transplante que entrem em contato comigo ou com os hemobancos para esclarecer essas dúvidas. A doação de medula é um ato simples para o doador, mas para o paciente significa uma nova vida dada por você. Deixo aqui mais uma vez meu muito obrigado pelo incessante apoio e carinho! Seguimos juntos na luta! Foco, Força e Fé! Beijos e abraços!
Para acompanhar a trajetória do Marquinhos, basta segui-lo pelo Facebook, Twitter e Instagram. Para se tornar um doador de medula óssea, cadastre-se em um dos hemobancos do País. Para isso, será retirada uma amostra de sangue, suficiente para mostrar que você é compatível com qualquer receptor cadastrado no País.
Leia também: Torne-se um doador de medula óssea e salve vidas
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Por dentro é um dos maiores centros de fitness e bem-estar de Curitiba.
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