Ironman | Lauro Caversan

Em 2016, enquanto Lauro Caversan se preparava para a primeira prova de triathlon na distância Ironman (3,8km natação, 180km bike e 42 km corrida), teve a infelicidade de sofrer um acidente oito semanas antes do evento.

Tinha comprado um bicicleta de trilhas, mountain bike, e começou a fazer treinos de montanha para fortalecer as pernas e introduzir diferentes estímulos cardiovasculares. Apesar de ser ‘ciclista’ há muitos anos, estava pouco acostumado com os novos pedais, achava difícil de destravar as sapatilhas da bicicleta.

Quando estava no quinto treino, desequilibrou-se e caiu com força. Pensando apenas nos danos na bike e com muita raiva por causa do erro, se levantou. Sangue quente, adrenalina, só conseguiu sentir o estrago quando subiu de novo na bicicleta e tentou continuar.

Lauro foi direito ao hospital, exames, consulta. Depois de muita negociação, o médico concordou em substituir o gesso Lauro por uma tipóia móvel, desde que ele não pedalasse na rua.

Dai para frente foi só sofrimento: corria com um braço pendurado, balançando. Volta e meia sentia uma fisgada que fazia ver estrelas. Treinos longos, pedalava seis horas e meia na bike de spinning. Montava um piquenique no guidão para aguentar tanto tempo de treino.

Na segunda semana, já começou a fisioterapia com choques, alongamentos e na terceira semana, antes da consulta, já frequentava a piscina.

Com o novo raio x e consulta, crente que já estava tudo bem. Afinal, eram quatro semanas que ele sugeriu para reavaliar. Quando saiu o resultado, estava tudo igual, nenhuma melhora.

Foram dois meses de ralação indoor e muito sofrimento, mas Lauro não quis desistir.

Fez a maioria dos treinos na Swimex, mais do que apoio, o uso da piscina para fisioterapia. Como não tinha grandes ambições em relação ao tempo de término da distância, fez a prova na maior bagunça: cumprimentando todos no caminho, puxando a torcida e gritando palavras de incentivo para todos os atletas.

Experiência única.

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