20 ago Prepare-se (bem) para travessias aquáticas
Confira alguns detalhes sobre treinos e dicas para quem deseja se aventurar nas travessias aquáticas:
Treinos específicos em águas abertas
No dia a dia, poucas pessoas têm contato frequente com águas abertas. No entanto, quanto mais tempo você passar nela, maior será sua evolução. Considere sempre todas as variáveis que o mar aberto, lagos ou represas proporcionam, como frio, ondas, correntes, peixes etc. Nadar nesses ambientes é diferente de se preparar exclusivamente em piscinas, por isso procure treinar especificamente para isso ou mantenha um bom volume de provas para não perder a experiência acumulada.
Procure ajuda de quem entende
Não é necessário ser um exímio nadador para começar a desbravar as águas abertas. Entretanto, se você quiser se aperfeiçoar, é importante contar com a supervisão de um técnico experiente. Só depois disso preocupe-se com tempos e resultados.
Orientação em primeiro lugar
A visão é muito importante nas travessias, já que não é possível enxergar o “fundo da piscina”. Para manter o senso de direção, a cada seis ou dez braçadas, no máximo, o atleta deve olhar para frente e se localizar, para não correr o risco de desviar do trajeto e acabar nadando mais que o previsto.
Muita calma nessa hora
Muitas pessoas enfrentam certo pânico quando não sabem o que tem no fundo do mar nem para onde se está nadando. Para evitar essa sensação, dedique-se a treinamentos em águas calmas, como lagos e represas. Assim você irá se se acostumar com a situação poderá pensar em provas mais duras em mar aberto.
Respeite seus limites
Respeitar os limites do corpo é importante. Descanso (sono de qualidade), trabalhos regenerativos (treinos leves) e boa alimentação são elementos chave para um nadador. Muitas vezes, achamos que se pararmos com os treinos nosso desempenho vai cair. Porém, a redução de volume, da intensidade ou até alguns dias de férias fazem com que o corpo se renove, voltando às atividades ainda mais forte.
Faça treinos de qualidade
O treino com flutuador é importante para isolar as pernas e focar a atenção nos braços. E trabalhos com pé de pato ajudam na resistência muscular dos membros inferiores. O uso de palmares pequenos e médios desenvolve a força muscular sem o risco de lesões por sobrecarga. Mas lembre-se: o uso de palmares grandes deve ser feito apenas em trabalhos específicos. Lembrando que nas provas não é permitido o uso de nenhum material auxiliar, assim é preciso achar um equilíbrio entre os treinos com e sem acessórios.
Varie os estímulos
Exercícios aeróbicos e anaeróbicos devem ser muito bem distribuídos em sua rotina de treinos. Nadar apenas volumes altos e intensidades baixas pode deixar o atleta mais lento. Por isso, a variação de estímulos é crucial para a preparação do atleta e a adaptação do organismo.
Fortalecimento
O abdômen é fundamental para sustentação do quadril e tronco. Por isso, recomenda-se foco no trabalho abdominal, incluindo oblíquos, supra (que fortalecem a parte superior do abdômen) e infra (parte inferior). Além dos abdominais, exercícios isométricos também fazem parte da rotina do nadador: séries de 30 segundos em prancha trabalham os músculos da região do core, essenciais na natação.
Flexibilidade
A flexibilidade do corpo todo é importantíssima para qualquer atleta. Assim, aulas de pilates e yoga costumam ser grandes aliados para deixar seus músculos mais protegidos contra lesões.
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